No Brasil o capim é dourado, em alusão a história infantil de Rumpelstichen, onde a pobre menina e futura princesa,  a noite transformava a palha em ouro. Será que essa história se referia ao capim dourado?

Assim como os fios das fibras se enlaçam para formar o trançado, as culturas dos homens se entrelaçam, como ao lembrar da história oral alemã Rumpelstichen, e adaptada pelos irmãos Grimm. O capim dourado é nativo do Brasil. É a jóia do Jalapão, no Tocantins. O artesanato de capim dourado foi introduzido no Jalapão pelos índios Xerente, por volta de 1920, e assimilado pelos quilombolas da Mumbuca, em Mateiros. O capim dourado é uma sempre-viva, fininha e comprida, com uma florzinha delicada na ponta. Esse capim se torna dourado mas é colhido verde, como na história, se transforma.

Conhecer a natureza, respeitar os ciclos, o colher na hora certa são saberes que os índios dominam. E cada etnia tem seu trançado característico, e fibras específicas. É tarefa masculina a confecção de cestos. A cestaria Yanomami é uma das que mais resiste ao tempo e ao manuseio, utilizam o cipó titica. No Xingu, o Buriti é a fibra mãe, encontrada nas paisagens dos cerrados, nas veredas, imortabilizadas pelo escritor Guimarães Rosa.

Confira abaixo alguns dos cestos que trabalhamos no Ponto Solidário, segundo a fibra utilizada no trançado.

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