Vale do Jequitinhonha
O Vale do Jequitinhonha, uma das regiões mais pobres do país, é famoso pela figuras em barro, noivas, mulheres amamentando, gêmeas, sapos bois, entre outras figuras antropomorfas. As feições são impressionantes, lembram muito as próprias artesãs e artesãos. E mais que tudo, representam com fidelidade a expressão do povo brasileiro.
Com a seca da região, causada pelo tombamento da chapada nativa e pela plantação de eucalipto, muitos moradores mudaram-se para as regiões circunvizinhas a procura de água. Nas épocas de baixa do rio Jequitinhonha, e nas margens dos rios afluentes, que mais se parecem córregos, é possível encontrar uma infinidade de barros em todas as cores, do branco ao negro e até mesmo na cor bronze, que parecem feitos de purpurina. Com este barro em várias tonalidades, os artesãos trabalham em seus fornos caseiros desde cerâmicas utilitárias, vasos, panelas, gamelas e potes a figuras de estilos próprios, que conferem a região uma liberdade de expressão única, que encanta todo o Brasil. E os desenhos floridos e bolinhas em relevo denotam a influência portuguesa.
Dona Isabel Mendes da Cunha (1924-2004) é a mestre artesã mais conhecida da região. Hoje são 3 gerações da família Cunha, e muitos da comunidade local. São cerca de 80 artesãos, mais os aprendizes de gerações mais novas, entre as cidades de Coqueiro Grande e Campo Alegre. Outra famosa artesã, Zezinha, Maria José Gomes da Silva, faz figuras bem brancas de barro preto, que na queima se transforma em branco e, com primor, finaliza as mãos com dedinhos e unhas pintadas além de brincos e penteados.
Cerâmica da Serra da Capivara
A Cerâmica da Serra da Capivara é produzida em Barreirinho, um projeto social e ecológico, melhor projeto de sustentabilidade em 2008. O ceramista, Mestre Nivaldo doou as terras para a pequena fábrica. A argila é retirada de barreiros, um tipo de açude que acumula água durante as chuvas e quando vão secando o barro é retirado, evitando o assoreamento. Os corantes são naturais e os fornos são a gás, preservando a vegetação nativa. Os desenhos talhados nas peças vêm das pinturas rupestres do sítio arqueológico. Saiba mais sobre no nosso blog Serra da Capivara.
Também nos encantam por sua beleza e modos de fazer, a cerâmica indígena, a do Paraíba, e as paneleiras e no nosso blog falamos um pouco mais sobre, as Paneleiras de Iguape, a Cerâmica de Apiaí, as Paneleiras de Goiabeiras e como Uleialu aprendeu a fazer as panelas Waurá
Se quiser verificar a disponibilidade das cerâmicas na nossa loja virtual clique aqui.