É uma história de realizações de mulheres pobres descendentes de escravos e se passa no Maranhão. Elas se organizaram e, da semi-escravidão, passaram à independência econômica. O documentário “Quebra Coco, Faz a Vida” dá voz a essas mulheres, que contam como venceram as dificuldades para dominar todo o processo produtivo do babaçu, inclusive sua comercialização e exportação.
Há dez anos, elas apenas recolhiam o fruto e tiravam a amêndoa para transformar em meio de vida. Não tinham terra, foram proibidas de catar coco e viviam praticamente escravizadas pelos donos das terras, quebrando 10 quilos de coco para comprar 1 quilo de arroz na mercearia do proprietário.
Cansadas de serem exploradas, as quebradeiras resolveram se organizar. Por meio de uma cooperativa que criaram, conseguiram forçar o governo estadual a promover uma reforma agrária na região do médio Mearim, a 400km de São Luiz (MA). E, depois, inventaram um jeito de controlar todo o processo produtivo do óleo de babaçu.
O documentário mostra ainda a cultura desta comunidade. Na vila, remanescente de quilombos, algumas noites são animadas pelo Tambor de Crioula: batuques, danças e versos, alguns deles em línguas africanas – de significado esquecido.
“Quebra Coco, Faz a Vida” tem 29 minutos de duração e é uma produção conjunta da TV Câmara e da Fundação Banco do Brasil.
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