Nascido em Glória, pequeno distrito do Município de Cataguazes, no interior de Minas Gerais, o artista-artesão Virgínio Rios (1936) descobriu no artesanato uma fonte de inspiração e de renda na transformação da madeira; um tipo de arte ingênua, sem definição. Aos poucos descobriu suas preferencias estéticas definindo um estilo bastante pessoal. Acabou por se especializar na confecção de mobiliário (bancos, mesas, poltronas, balanços) e de imagens representando figuras humanas e santos, sempre esculpidos em madeiras mortas: raízes, troncos e galhos que os madeireiros rejeitam e deixam nas florestas da região. A descoberta do artesanato como uma forma privilegiada de expressão e criação fez despertar em Virgínio um desejo especial de conhecer e documentar, bem como de preservar, divulgar e valorizar as expressões culturais tradicionais de seu lugar.
A parte mais significativa de sua obra está na reprodução de representações humanas e de santos, onde imprime com mais liberdade seu estilo pessoal de esculpir. É central nesse universo de peças a temática sacra, que se manifesta tanto na produção de imagens católicas, quanto naquelas em que ele identifica uma inspiração “afro”.
Minas são muitas e o seu artesanato vário. Artistas populares como Virgínio Rios estão sempre a nos surpreender com a criatividade inesgotável dos que tem no seu meio ambiente sua escola de vida, sua universidade. Universidade que os conduz à Universalidade.
( fonte: Centro Nacional de Folclore e Cultura Popular/ Iphan/ Ministério da Cultura)
Medidas: A58cm x L15 cm aproximadamente