Medidas: 15×15 cm
Aos 20 anos, José Francisco Borges começou a comprar e vender cordel para sobreviver. Até que escreveu o seu primeiro cordel em 1964, com uma gravura emprestada. Na segunda publicação, arriscou fazer a própria gravura. E deu certo, sem qualquer tipo de aprendizado. Tudo na tentativa. Foi assim que surgiu um artista que passou a ser admirado em sua própria região, no Brasil e em diversos lugares do mundo. J.Borges coleciona viagens e exposições em vários países. “Estranho quando as pessoas falam em eu deixar a minha cidade. Sou como um índio que não abandona a sua aldeia. De Bezerros faço o que faço e mando para o mundo inteiro”, comenta.
Ele faz da mesma maneira que começou. Quanto ao cordel, normalmente, ele escreve quatro ou cinco cordéis por ano, tanto para a venda quanto para encomendas. J.Borges deve a sua vida ao cordel, não somente pelo aspecto financeiro. Cordel é o seu jeito de ser. “Quando criança, a minha única diversão era o meu pai ler cordel para mim. Era a diversão, era a maneira de saber das notícias e era também a aprendizagem. Eu frequentei apenas 10 meses de escola. Eu desenvolvi a minha leitura por meio do cordel”, revela. Borges tornou-se um dos mais famosos xilógrafos do Mundo, publicou vários álbuns de xilogravuras e seu trabalho forma acervo de museus como o MoMa de New York, MASP, MAM e Pinacoteca de São Paulo.