As comunidades ribeirinhas, às margens do rio Arapiuns, Tapajós e Amazonas, no Pará, são conhecidas pelo colorido e vibrante trançado da fibra do Tucumã, palmeira típica da região.
Produzem cestos, mandalas, bolsas, vasos, chopos, balaios baús com desenhos geométricos de estilo próprio, entre eles padrões como a “Jararaca” (típicos da comunidade ribeirinha Arimum), “Amazônico”, “Sacai” ( do grupo da Vila Gorete) e “Ciranda” em cores vibrantes – tingidas com pigmentos naturais, a partir de flores e raízes da floresta. Para o tingimento a fibra precisa ser fervida junto com o pigmento e seca novamente. As cores mais utilizadas são:
amarelo – mangarataia, uma raiz, mais conhecida como cúrcuma ou açafrão da terra)
preto – do jenipapo
roxo – da caapiranga
laranja – do urucum
vermelho e marrom – do cipó da árvore crajiru, também usada para combater anemia.
verde escuro – uma mistura do jenipapo e mangarataia
preto azulado – do jenipapo do igapó
Esse é um trabalho de geração em geração e fruto de um processo de conscientização e qualificação do trabalho de organização coletiva, do resgate de conhecimentos tradicionais e da valorização de recursos naturais, promovendo integração e cidadania.
A Mestra artesã Dona Maria Odila organizou as comunidades de artesãos e é uma das fundadoras da Cooperativa Turiarte, sediada em Santarém, no Pará, comercializa o trabalho realizado pelas comunidades ribeirinhas.
Desde do início da formação das comunidades em torno de um projeto coletivo, o Ponto Solidário vem acompanhando esse trabalho, visitou a região e sempre o divulgou e o comercializou aqui em nossa loja e site e é com satisfação vermos Dona Maria Odila e a @turiarte_amazonia serem homenageadas com o prêmio na categoria Inspiração do “Melhores do Ano” no primeiro domingo de 2022.
Fizemos um post mais antigo sobre algumas comunidades ribeirinhas no nosso blog: clique aqui.