Os tapetes de Lucinda – lã de carneiro

Passadeira colorida – lã de carneiro- SP

Fizemos este video para mostrar um pouco da trajetória de Lucinda, artesã que tece lindos tapetes de lã. O filme, além de falar dos processos de feitura de suas peças, nos revela uma personagem admirável e muito querida por nós.

Seus tapetes podem ser encomendados e comprados na Associação Ponto Solidário.

 

História da Tecelagem

A tecelagem é milenar; acompanha o ser humano desde os primórdios da civilização. Está identificada com as próprias necessidades do Homem, de agasalho, de proteção e de expressão.

A tecelagem utilitária evoluiu na tecnologia, e a de expressão procurou os caminhos naturais. Aí as tramas e as urdiduras se entrelaçam para dar forma ao pensamento e à intuição.

Saber tecer e tingir fios de fibras naturais são conhecimentos que se mantém até os dias de hoje. Por necessidade, a tecelagem firmou-se no Brasil Colônia, onde produzir tecidos para escravos e gente simples justificava o empreendimento. Houve tempo em que toda casa mineira tinha uma roda de fiar e um tear tosco de madeira. Fazia-se o fio e do tear saiam colchas e roupas para a família. Enquanto teciam, as mulheres iam nomeando suas tramas de acordo com o desenho: Daminha, Pilão, Escama, Dados, Sem Destino ou até mesmo com os os nomes das artesãs que as criavam. Com as tramas nascia o pensamento abstrato e é por isto que, até hoje, tecer significa pensar. Suas técnicas consagradas pelo tempo não são restritivas, mas sim, abrem infinitas possibilidades de resultados, desafiando a criação.

Há cerca 12.000 anos, portanto, na Era Neolítica, os primeiros homens usavam o princípio da tecelagem entrelaçando pequenos galhos e ramos para construir barreiras, escudos ou cestas. Teia de aranha ou ninho de pássaros podem ter sido as fontes de inspiração tal trabalho. Uma vez que essa técnica já era conhecida é muito provável que o homem primitivo tenha começado a usar novos materiais para produzir os primeiros tecidos rústicos, e, mais tarde, vestuário.

A data exata de quando nossos ancestrais abandonaram suas peles de animais e passaram a ser proteger e se vestir usando fibras entrelaçadas, tanto de origem animal quanto vegetal, ainda não foi definida pelos estudiosos.

Escavações arqueológicas têm encontrado material feito de fibras fiadas e entrelaçadas, mas esses “tecidos” são muito grosseiros e estão mais parecidos a cestas de trabalho. O exemplo mais antigo de tecido descoberto na Europa, na costa Dinamarquesa, data do fim da Era Mesolítica, entre 4600 e 3200 a.C., mas as descobertas no Peru, no alto da ‘Sierra del Norte’ são muito mais antigas.

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