Associação Indígena Ahira – aqui no Ponto Solidário

Os Mehinako vivem hoje em duas aldeias distintas às margens do rio Kurisevo. A aldeia de Uyapiyuku e a nova, Utawana, junto ao PIV, Posto de Vigilância do Kurisevo, que é dirigido por um Mehinako.
Expulsos de seu habitat original pelos Ikpeng* (que foram introduzidos na formação do parque), sofreram vários deslocamentos, se fixando no começo próximos aos Awet e Yawalapiti e intensificando as relações de intercasamentos com outras etnias do Alto Xingu.
Os grupos que vivem no Alto Xingu, ao sul do parque, na bacia dos rios formadores do Xingu, apresentam uma grande uniformidade cultural e participam de um sistema intertribal, mantendo, no entanto, sua identidade étnica. São eles: Awet e Kamaywurá (tronco Tupi), Mehinako, Yawalapiti e Waurá (família Aruak), Kuikuro, Kalapalo, Matypu/ Nahuukwa (família Karib).
Os alto xinguanos se alimentam basicamente de mandioca brava (micaia, em Aruak) e peixe. Suas casas são ovaladas com cobertura de sapé até o chão com duas aberturas. A aldeia é construída em círculo, com a casa dos homens no centro, no sentido leste-oeste.
Apesar de seguirem aspectos culturais semelhantes, cada etnia do Alto Xingu mantém e segue a sua própria tradição desde a língua a especialidades. Trocam experiências e se relacionam através do moitará, encontro para trocas comerciais e especialidades de cada grupo: arcos pretos feitos de pau dárco, feito pelos Kamaywurá, machados de pedra(Trumai), colares de conchas de caramujo (grupos Karib), cerâmica (Waurá), sal** (Mehinako e Trumai) e o algodão(Mehinako). Os Mehinako e os Awet atuam também como mercadores intermediários.
Os Mehinako apreciam a convivência com os Karaibas, homens brancos, filhos do sol como os próprios Mehinako. Consideram a civilização tecnológica uma dádiva do sol. Adoram viajar e se relacionar. Outro grande fator que estimula a integração entre os alto xinguanos e brancos é o futebol, muito apreciado pelos Mehinako.Os alto xinguanos se alimentam basicamente de mandioca brava (micaia, em Aruak) e peixe. Suas casas são ovaladas com cobertura de sapé até o chão com duas aberturas. A aldeia é construída em círculo, com a casa dos homens no centro, no sentido leste-oeste.
Os Mehinako são bons artesãos e orgulhosos, com razão, pelos seus artefatos, que seguem a tradição cultural. São conhecidos entre os Xinguanos como mercadores e detentores da técnica do sal do índio** (cloreto de potássio). Fazem bancos zoomorfos, em forma de animais, como o tamaduá (yúper), anta (teme), onça (ianumaka), e passáros (warapapá) além de outros animais da convivência diária. Os bancos (Xepí) são feitos de um único tronco das árvores conhecidas como lixeira, piranheira e canela. A cor é obtida pelos pigmentos naturais: o pequi que dá o tom amarelo e protege a madeira; o vermelho, do urucum e do pau mãwatan; e o preto, do pau Iurilo e do carvão
Nas cestarias utilizam a fibra da palmeira de buriti, da tala ao fio que é enrolado nas coxas da mulheres. Cabe aos homens a confecção dos bancos, máscaras e pás de beiju, além da amarração final dos cestos. As mulheres fazem o fio de buriti, as redes, os cestos e esteiras e usam o uluri, um pegueno cinto de fios de buriti, entre outras afinidades. Realizam o Kuarup, cerimonial para os mortos, e praticam a luta huka-huka (tupi-guarani) ou Kap em Aruak.
A venda dos artefatos se destina a alguns suprimentos que se fazem necessários na aldeia, desde os anos 60, quando houve a introdução tecnológica, como barcos a motor, rádio de pilhas, anzóis, etc., mas não interferem na tradição cultural, que é valorizada pela comunidade.
A Ponto Solidário é parceira e representa, em São Paulo, a  Associação Indígena Ahira.
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